Quando um gráfico falou mais em uma apresentação

escrito por

priscila


publicado em

6 de setembro de 2017


Anos atrás eu tinha certeza da fórmula certa para qualquer apresentação profissional. O tão falado storytelling havia me convencido. Cheio de conceitos e de certezas cansei de discursar que a boa apresentação era aquela que respeitava os princípios do storytelling e que gráficos e números só entediavam a audiência. Mas felizmente um cliente me provou o contrário.

Revendo conceitos de apresentação 

 

A situação era a seguinte: o ano era 2012 e a concorrência havia investido montantes em publicidade e baixado o preço no ponto de vendas. Todas as pesquisas preliminares diziam que o investimento tinha dado resultado e que meu cliente teria a liderança ameaçada no segmento depois de anos no topo.

Mas na última pesquisa do ano fiscal, meu cliente recuperou o fôlego e manteve a liderança. Isso fruto de um trabalho corpo a corpo da equipe no ponto de venda. O que seria uma convenção corporativa de vendas traumática e de cobranças passou a ser um momento de celebração e principalmente de motivação, já que a concorrência prometia manter o pé no acelerador.

Logo, sugeri uma grande apresentação que brincava com o fim do mundo previsto pelos místicos loucos de plantão. “Esperava-se o fim do mundo, mas fim do mundo mesmo, só lá na concorrência”.

Renovação

 

Recheada de vídeos e participações de celebridades, montei um roteiro divertido que excluía gráficos, tabelas e afins. O roteiro foi aprovado, mas para o meu cliente ele deveria ser recheado de gráficos que contextualizassem a história. Argumentei, discuti, esperneei, mas não consegui convencê-lo. Ainda bem!

A apresentação foi simplesmente sensacional! O executivo se sentia à vontade com os gráficos na tela, e a partir deles, contava com desenvoltura a história prevista no roteiro, improvisava com as celebridades e atingia o coração da audiência como poucas vezes vi em apresentações profissionais.

Voltei para a agência com um ensinamento: certezas demais não servem para nada. Foi daí que nasceu o posicionamento da Conté: nosso jeito é o seu jeito. Não adianta nada um roteiro criativo, cheio de metáforas inteligentes, se isso não se aplica ao apresentador.

Apresentação é um trabalho a 4 mãos e quem dá a canetada final são as mãos dos clientes. O executivo é nosso cliente até hoje e todo ano trabalhamos na sua convenção de vendas contando histórias com gráficos que o deixam confortável. O resultado é sempre brilho nos olhos da audiência – para a Conté e para a empresa dele. Só para a concorrência.

 

Felipe Papaterra

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1 comentário
Heloisa
Comentou em 07/11/17

Excelente texto!

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